R$ 0,00

Nenhum produto no carrinho.

Arte e cultura

Espetáculo “Aqui Ainda Ou Enquanto Há Futuro”

Realizada pelo Karma Coletivo de Artes Cênicas, a peça teatral "Aqui Ainda Ou Enquanto Há Futuro", estreia no Teatro Municipal de Itajaí, nos dias...

Entretenimento

21º Festival Cultural UNIVALI

Com uma programação rica e inclusiva, o 21º Festival Cultural UNIVALI, que acontece de 22 a 26 de setembro, contará com dança, teatro, música, poesia,...

Música

2ª edição do Baterahy

No próximo dia 15 de junho, acontece a 2ª edição do Baterahy, evento que une música e talento em um grande espetáculo coletivo, que...

Revista do Mês

VÍDEOS

Mais notícias

27º FESTIVAL DE MÚSICA DE ITAJAÍ

e 5 a 13 de setembro, Itajaí vai se transformar em um verdadeiro palco aberto com um dos maiores encontros de música e aprendizado...

PROJETO SOM&SOL ESTREIA EM ITAJAÍ

O projeto Som&Sol chega a Itajaí pela primeira vez, no próximo domingo, dia 17, na Casa da Cultura Dide Brandão, das 10h às 20h,...

Camboriú e Balneário Camboriú promovem 1º Motofest

Camboriú sediará, no próximo sábado dia 9, das 11h às 21h o 1º Motofest, com ponto de concentração no Ginásio Irineu Bornhausen e chegada...

Itapema sediará evento internacional de Jiu-Jitsu

O Sul-Americano da Pan Brazilian Jiu-Jitsu Federation, um dos principais eventos do calendário esportivo da modalidade, com lutas de alto nível e presença de...

6° PASSEIO CICLÍSTICO RURAL DE ITAJAÍ

O Passeio Ciclístico Rural de Itajaí acontecerá no domingo, dia 24 de agosto, com concentração a partir das 8h, no Parque do Agricultor Gilmar...

ARTISTAS ITAJAIENSES PARTICIPAM DE EXPOSIÇÃO COM NOVAS FORMAS DE VER A CIDADE

Segue até o dia 26 de agosto, na Galeria de Arte da Univali, no Campus Itajaí, a exposição Inspiração Citadina. A mostra propõe um...

Oficina de fotografia contemplativa de natureza em Balneário Camboriú

A fotógrafa Clarissa Herrig ministrará uma Oficina de Fotografia Contemplativa de Natureza, no próximo sábado, dia 16, das 13h às 17h no Parque Natural...

CAPOEIRA MARCA OS 35 ANOS DA RODA DA IGREJA MATRIZ, EM ITAJAÍ

José Lino Pereira, o Mestre Careca, movimenta a cultura de Itajaí por meio da capoeira, desde a década de 80. A realização da Roda...

Espetáculo “Aqui Ainda Ou Enquanto Há Futuro”

Realizada pelo Karma Coletivo de Artes Cênicas, a peça teatral "Aqui Ainda Ou Enquanto Há Futuro", estreia no Teatro Municipal de Itajaí, nos dias...

Projeto TESSITURAS realiza vivências performativas e oficinas no CAIC

A Patavinas Culturais realiza, nos dias 29, 30 e 31 de julho, o projeto "TESSITURAS // performance, periferia e infância" no Centro Educacional Professor...

“Inspiração Citadina”

“Inspiração Citadina”, exposição que reúne Augusto Raio, Mara Bueno, Magru Floriano e Wences, de 01 a 26 de agosto, na Galeria de Arte Univali...

25 de julho “Dia do Escritor”

Hoje prestamos nossa singela homenagem com nossos cumprimentos e gratidão a você escritor que registra os pensamentos, histórias e contos deste universo magnífico, fazendo...

39ª Festa Nacional do Colono

Inicia nesta quinta-feira, dia 24 e vai até o dia 27, a a 39ª Festa Nacional do Colono, no Parque do Agricultor Gilmar Graf, com cerimônia...

MUSEU ETNO-ARQUEOLÓGICO DE ITAJAÍ COMEMORA 15 ANOS

O Museu Etno-Arqueológico de Itajaí comemora mais um ano de atividades, com programação especial nesta quarta-feira, dia 25, aberta ao público, com entrada gratuita....

4º BC EM TRAÇOS

De 20 de julho a 20 de setembro, artistas podem enviar obras que valorizem o patrimônio cultural da cidade de Balneário Camboriú para participar...

5º Encontro de Improviso

O 5º Encontro de Improviso, um festival que reúne artistas, grupos e pesquisadores da linguagem da improvisação, acontece nos dias 23, 24, 25 e...

Camboriú Sedia Abertura da 34ª Santa Catarina Cup

A abertura da 34ª edição Santa Catarina Cup – Torneio Internacional de Futebol Infanto-Juvenil, aconteceu no dia 12 de julho, no Ginásio de Esportes...

Dia Nacional do Escritor

Teatro Municipal de Itajaí apresenta o espetáculo cênico-musical “Alma Única”

O espetáculo cênico-musical “Alma Única” será apresentado, na próxima terça-feira, dia 22 no Teatro Municipal de Itajaí, com entrada gratuita e classificação livre. Em uma...

Emenda Parlamentar destina Verba para o IFSC de Itajaí

Uma Emenda Parlamentar da Deputada Ana Paula Lima, destina R$ 300 mil para o Instituto Federal de Santa Catarina -IFSC, campus Itajaí. Os recursos...

Samba e Feira Cultura em Movimento vai agitar Itapema

Unindo música, arte, gastronomia e tradição, a Praça da Paz será palco de uma programação especial neste sábado, dia 19, a partir das 17h. A...

PREFEITURA DE CAMBORIU RECEBE EXPOSIÇÃO DE ARTE EM GRAFITE

Está aberta durante o mês de julho, no Paço Municipal, a exposição de artes “Projeto Cultural: Grafite Como Ferramenta Pedagógica na Arte e Educação:...

FESTA DAS TRADIÇÕES CONTOU COM 67 MIL VISITANTES NO CENTREVENTOS EM ITAJAÍ

A Festa das Tradições Brasileiras, que evidenciou a cultura do Norte e Nordeste do Brasil, levou quase 67 mil pessoas ao Centreventos nos quatro...

Abertura de Processo – EU, UMA OUTRA: Experimentação Artística II

Acontece nesta sexta-feira, dia 11 de julho, às 20h, na Itajaí Criativa Residência Artística, com entrada gratuita, a apresentação EU, UMA OUTRA que chega...

Camboriú assina convênio para criação de uma Cooperativa Escolar

Em uma iniciativa voltada à valorização da educação e da formação cidadã, a Prefeitura de Camboriú firmou no dia 01 de julho, convênio com...

Poesia da Semana

Écfora I - Sangue

Saulo Nascimentto

Sangue ao chão —
deitado em pó.

Já foi pó...
agora, o que é?

Vertido,
retorna ao que dantes fora —
fútil.

Hoje, o que é?

Poeril ao vento —
vento que sopra
ao sul,
ao norte,
e aquém,
mas para tão além —
fulgas.

É sangue...
apenas sangue.

E, se é sangue,
o que é,
na verdade?

 

 

 

O CAMINHO INTRANSIGENTE

Richard Corrêa

Andar pela vida é sentir

Que sempre mecanismos vitoriosos surgirão

Para que a glória permaneça eterna

E por que não, analisar o que é importante?

Sou da quadra celestial

Aquela cujas raízes são gloriosas

E que fazem parte de um meio especial

Para a fim de exalar substâncias cheirosas.

Os cheiros das maravilhas

Que vão além dos sentidos

Faz com que formas cheguem até os meios

Para sermos eternamente realizados.

Muitas vezes, o caminho é desafiador,

Contudo repleto de persistência

Para quem busca o ardor

De uma missão feita com consciência.

 

 

 

Para parar de admirar

Maria de Fátima Bernardes

A Dança das Águas

Bailando, as águas,

O rio e o mar

Se abraçam,

Se entrelaçam,

Para lá

 E para cá.

Ao brilho do mar,

Os peixinhos a cantarolar

E os siris a bailar,

As algas a saltitar

E as águas a bailar.

 

 

Essência

Saulo Nascimentto

Por mais que o homem se eleve em camadas,
Feito torre de espelhos e véus,
Não foge de si — alma lançada
À luz de seus próprios céus.

Não há máscara que o oculte inteiro,
Nem desvio que o desfaça.
Cada gesto, erro ou esteio
É a essência que se disfarça.

O que muda é só o contorno,
A forma, o nome, o tom do dia;
Mas dentro, pulsa o mesmo sopro,
A mesma chama, a mesma via.

Nella città III - A cor da carne

Saulo Nascimentto

Há dores que nascem antes do grito.
Não do corpo, oráculo por vezes calado,
nem da alma, que cedo se curva ao pranto.
Mas da identidade, lançada à sombra, à face do repúdio,
antes mesmo de saber-se ser.

Nasce, então, a dor sem nome,
antes que a luz do mundo pudesse tocar a pele — nua.
É o peso de um tom que destoa,
aviltado pela violência do olhar.

A cor da carne, que não é da alma,
não é identidade,
mas adorno passageiro —
incompreendido por olhos de cárcere,
que desferem o açoite mudo da ignorância,
a face vertida.

Vê:
a cor sublinha o corpo,
e não pede perdão pelo que é.
Aqueles que esperam que a cor se renda
não entendem o enigma da pele — nua,
que nenhuma voz pode enunciar.

 

 

 

 

 

 

 

Sol e Lua

Saulo Nascimentto

Não somos Sol, tampouco Lua.
Quem dera fôssemos face.
Somos sequer sombra, por vezes, resquício.
Se somos lembrança, jaz esquecida e de tempo nenhum.
Nessa negridão somos superfície rasa, monte e alteiro baldado,
ávidos por grandeza, luz e espaço.
Quem dera fôssemos Sol ou quem sabe, Lua,
mas não somos nem face.

Roubaram

Saulo Nascimentto

O que podiam, o que não viam, o segredo.
Do doce ao azedo, todo o enredo.
O que roubaram foi de todo um terço: um grão.
Só não levaram o medo, a tristeza e a solidão.

 

O Trenzinho da Leitura

Maria de Fátima Bernardes

Passeando na cidade,

O trenzinho da leitura

Vem trazendo a magia,

A fantasia,

A cultura, a travessura.

Piuí... piut...

Crianças, venham até aqui,

Viajar sem parar

No mundo colorido.

Agora é só se deliciar!

Algo de mim

Saulo Nascimentto

Quisera eu...
Ser mar, ser jardim, mundo afora ou em mim.
Tenho em mim tão pouco.
Se parto, em vão; se fico, a sós.
Quisera eu...
Ser assim — ao menos em mim:
mar... jardim...
Pois, se fico, em vão; se parto, a sós.

O Que Tem Aqui...  em Itajaí

Maria de Fátima Bernardes

Tem... flores,

Amores, Cores e sabores.

Tem o mar,

O amar,

O expressar,

O abraçar,

O coletar,

O afagar,

O reciclar,

O acalentar,

O aconchegar,

O luar,

O aprimorar.

 

Na Biblioteca Pública
Maria de Fátima Bernardes

Um mergulho quero dar
No acervo vou pesquisar
Para poder me aprimorar
Nos livros vão estar
A riqueza do transformar
Esse espaço de informação
Me alegra de montão
Me instiga
Me fascina
Nas asas da imaginação
Ah! Biblioteca Escolar
Aqui você me faz viajar.

 

Nella città III – Traduções

Saulo Nascimentto

E que, de mim, poderias dizer, senão que sou tantas mudanças?
Sou feito de mudanças que me mudam antes mesmo de perceber que já sou outro.
Percebo de mim tanto quanto daquilo que há lá fora.
— Sinto que percebo. — Mas percebo o quê?
E quem é que percebe em mim?
Às vezes, é um olhar sem corpo — espreitando por dentro.
Um eu que não sou eu.
Um ser-eu que desconheço, que parece enxergar o que não vejo.
— Que se apossa das interpretações — com o rancor de quem não pode sentir, senão dar sentido.
Na verdade, somos dois. Dois incompletos... adversos...
— E há em mim um cansaço antigo: o de ser dois.
De nunca ser inteiro. — Como se uma parte respirasse, e a outra apenas traduzisse o ar.

 

Nella città II - Meu véu

Saulo Nascimentto

Todos dizem ter a verdade, como se fosse um objeto que se guarda no bolso, ou algo a ser fatiado, repartido em porções individuais: este pedaço é meu, aquele é seu. Mas a verdade... a verdade não se deixa possuir. Ela apenas é. Está lá — livre e inteira — mesmo quando ninguém a vê.
Eu a sinto, às vezes, num instante que passa, incapturável pela compreensão. Ela não se deixa ressignificar. Não cabe em palavras, não se curva à vontade alheia. É. Como a luz que atravessa uma janela, mesmo quando o vidro está empoeirado. O que vejo... é sempre manchado pelo que sou.
Mas o erro — o erro é pensar que a verdade é minha só porque a vi. Não é. Ela não é minha, não é tua, não é de ninguém. É só dela. Minha é a percepção. E percebo com mãos trêmulas, com olhos que mentem, com o silêncio do que ainda não entendi.
A verdade é uma presença que não se deixa tocar, mas que arde. Uma ausência que pesa. Um sim eterno por trás de tantos talvezes — que se revela quando a gente já cansou de procurar.

 

 

A falta da mãe

Rafael Martins da Silva


Seu olhar penetra minha alma.
Carrega em si algo que lhe entristece.
Mesmo que sejas minha amada.
Meu pequeno mundo logo padece.
Diante da inércia de não poder ajudar-te.
Quem dera poder alterar o ciclo da vida.
Para que essa dor tão sofrida pudesse deixar-te.
Dentro do seu olhar vejo a tristeza.
O vazio e a saudade de quem partiu.
É a constante jornada da vida.
Colocando-nos diante desse vazio.
Quem perde a mãe torna-se incompleto.
A vida mergulha num mar de lembranças.
Recordações de grande carinho e afeto.
Voltamos ao início como aquelas crianças.
Sem a mínima noção.
Que a vida é a mais perfeita sintonia do coração.

 

 

 

Finisterra

Nilson Weber

Solar península
cintila sobre meu ombro.

Arregaço o peito
para acolher
o quinhão
de terra que me cabe.

Toda alma refulge
sobre um solo fecundo.

Desintegro-me ao relento,
desmaterializo-me
junto as fontes,
sob o sol, ao vento.

As funções vitais
vão se exaurindo,
minha substância
corpórea ruindo,
perco o ágil movimento.

Progressivamente
desapareço de cena:
Sou um poema
escrito na areia,
um verso nas águas
do fim do mundo.

Lamento
Nilson Weber

Lamento se nas manhãs claras e serenas
não saímos para nadar no mar do outono,
se nos entregamos à letargia do sono
sem tentar ser mais do que já fomos.

Como expressar o sublime das coisas
que nos faz pequenos?
Qual cobertor poderia aquecer-nos a todos do frio?
a não ser em pensamentos?

Lamento os barcos que não se fizeram ao vento,
os túmulos que ninguém visita,
os livros que não foram lidos,
as vidas ceifadas pela fúria dos insanos,
as plantas que esqueceram de regar,
a erosão dos sonhos mais amenos,
a psiquê dos psicopatas,
o pão mofado que não ajudou
a matar a fome dos despossuídos,
a flor colhida antes do tempo,
o amor reprimido;
o que não me coube,
o que não me soube.

Não há rio que sacie a sede
de todos os homens.

O meu grito
Álvaro Castro

Quando eu liberar o meu grito,
se um tonitroar rasgar o infinito
bobagem perder a calma;
a agonia de minha intuspecção
me valerá por veredito:
atrofiada estará minha alma.

O eco (meu ego) some, não reverbera.
Se minha voz não alcança as montanhas
inútil é a minha espera;
se o grito não passar de mim,
não sair de minhas entranhas,
frustra-me e não atinge o seu fim.

Se camelo blaterar é costumeiro
como a coruja chirriar,
ou balir o cordeiro,
e se é legítimo um cão rosnar,
por que, então, não consigo gritar?!
Não um grito qualquer, despropositado,
Mas do fundo de meu âmago.

Exercitarei meu grito
até alcançar o infinito!
Quero voar, ouvir o ruflar de asas,
encontrar-me com anjos,
sufocar meu ego e silenciar o eco.
E o meu grito, saído de minhas entranhas,
finalmente se ouvirá além-montanhas
– rasgará o infinito –
e nunca mais será o dito pelo não dito.

PENSAMENTOS
Álvaro Castro

Se pensas que penso como esperas
que eu pense, provavelmente te equivocas,
pois, penso que penso diferentemente,
até quando duvidando me provocas.

Penso que pensas que sabes o que penso
e penso que não pensas bem.
Talvez também me equivoque, não sei:
... se meus olhos me traem e te revelam
o que penso e nem eu mesmo sei.

Mas se queres saber de mim
o que penso realmente de ti,
basta ouvir-me quando falo
e refletir quando me calo.

Para mim é demais interessante,
mesmo quando prepotente e arrogante;
apenas não consigo compreender-te
quando, indecisa e vacilante,
desprezas o meu amor suplicante;
quando em teus repentes lembras que
que sou um pobre poeta – que sou diferente.

DESABAFO DE POETA

Álvaro Castro

Milhões de astros no cosmos ultramarino
milhares de vidas no colo intra-uterino

Formas de astros e espécies de vidas
diversos e infinitos espaços
céu, terra, águas, barrigas,
ovários e úteros – doces regaços.

Partículas e espermatozóides
inspiram o poeta criador,
xingado de debilóide
quando exprime a própria dor.

Ante as verdades do poeta
os ignorantes e os desatentos
da platéia - surdos patetas -
dissimulam seus desalentos.

Inobstante, os poetas "vagabundos"
jogam pérolas aos porcos:
ouvintes moribundos,
insensíveis, quase mortos.